quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Pais e Filhos - Uma reflexão (Revisado)



"No início, os filhos amam os pais.

Depois de um certo tempo, passam a julgá-los.

Raramente ou quase nunca os perdoam."

- Oscar Wilde -



Isso é tão triste!
Não deveria ser assim!
Já aconteceu antes.
Acontece e acontecerá muito ainda, pois reflete diretamente nosso patamar evolutivo e emocional.
Só Deus (e nós mesmos!) sabemos quanta terapia e reflexão são necessários para romper essa barreira (desnecessária e incômoda) de comunicação entre Pais e Filhos!
Na verdade, (via de regra) no fundo os pais amam os filhos e vice-versa e ardentemente desejam que esse sentimento seja reconhecido!
Só isso!
Simples assim!
Muitas vezes porém, por vários motivos, um destes (pais ou filhos) apesar de se amarem, não sabem ou não conseguem expressar-se verbalmente nesse amor!
O que é muito complicado!
Não basta amar!
Tem que falar que se ama!
Tem que ouvir que se é amado!


Quase que chego à conclusão que falar que se ama é mais importante que um monte de ações nesse sentido!
Ou não! Sei lá!
Já não sei mais nada...
É tão complexa a relação entre pais e filhos!
E não deveria ser, "a priori".
Pois reside aí a base da sociedade, laboratório da nossa evolução!
E o que vemos aí?
Problemas de relacionamento, de comunicação, de poder, de egos...uma queda de braços sem fim!
Todos nós sem exceção precisamos (é vital - cientificamente comprovado até!) de amor!
Amor físico também, do tato!
Abraço, beijo... carinhos, afagos!
E palavras amistosas!
Acredito que uma relação saudável entre pais e filhos comece por aí!
Assim, dentro de uma família, o filho sempre se sentirá amado e aceito!
A família tem o dom de sempre apoiar como poucos os filhos em tudo o que eles fazem! (um dia os filhos percebem essa dura realidade!)
Poucos realmente apoiam os filhos como os pais!
Ou quase ninguém se presta a estar presente mas "enrascadas" que os filhos se metem, como os pais!
O maior desejo na realidade dos pais é que os filhos tenham o mínimo de perdão e de amor para com ele!
De respeitos por eles!
E de amor por eles!
Os pais apoiam os filhos desde que sejam coisas razoáveis (dentro das regras familiares e morais), e são eles quem promovem o sentido de segurança aos filhos.
E esse sentido de segurança é bem amplo!
É nos pais, que encontramos a família, a célula mater da sociedade; o lugar onde se desenvolvem as estruturas psíquicas, onde a criança forma a sua identidade e desenvolve o seu emocional.
Os pais determinam funções, os papéis e a hierarquia entre seus membros; é também o espaço social da confrontação de gerações e onde os dois sexos (masculino e feminino) definem suas diferenças e as relações de poder.
Relações de poder que igualmente são tão complicadas como a relação de amor num relacionamento!
Os pais tem como função educar os filhos e prepará-los para o convívio social.
Um dos maiores desejos dos pais é (seguramente!) ver seus filhos felizes!
Sem dúvida nenhuma!
Felizes no amor, prósperos, independentes, numa carreira sólida!
Enfim, tudo o que decorre do adjetivo: FELIZ!
Nós pais, queremos que nossos filhos sejam FELIZES!
Nosso maior desejo!
Fazemos nosso melhor!
Fazemos o que sabemos!
Mas como diz Oscar Wilde, nem sempre o filho reconhece isso!
Ou perdoa eventuais falhas!
Eles esquecem que são um legado de conhecimento e vida dos pais!
É a vida! É a Lei!
Como diz Coelho Neto: "É na educação dos filhos que se revelam as virtudes dos pais."
Virtudes ou falhas! Mas é a Lei!
Não dá para renegar!
Eu concordo muito com o Gasparetto (Luis Antônio Gasparetto - psicólogo de formação, médium psicopictográfico, escritor e locutor da Rádio Mundial FM 95,7) quando diz que devemos matar nossos pais!
Ôpaaaa...deixa eu explicar...rs
Devemos na visão dele "matar" a figura ds pais, a "função" que enxergamos nos pais e nos tornarmos amigos deles, se possível!
Para a relação ficar mais próxima!
É claro que para isso acontecer muitos pais arrogantes tem que descer do pedestal, pois se acham Deuses...isso é verdade!
Para se colocarem no mesmo patamar do filho!
E os filhos perdoarem os pais, afinal fizeram o que fizeram (bem ou ruim) da melhor forma que sabiam, fizeram seu melhor, de acordo com sua evolução!
E nada vai mudar o passado!
Então porque ficar preso ao passado e manter uma relação ruim com seus pais?!?!
Liberte-os!
Se liberte!
Perdoe seus pais!
E sejam amigos deles!
Falem para seus pais o quanto vocês os amam!
E falem para seus filhos o quanto vocês os amam também!
Enquanto há tempo!
Afinal o pior ressentimento é o de não ter feito algo que se deveria, que se desejava, que se julgava importante e não se fez!
Nunca é tarde para dizer para alguém o quanto ela é ou foi importante para você!
Faça isso!
Lembrem-se da música do poeta Renato Russo, chamada Pais e Filhos:


"Você culpa seus pais por tudo
Isso é absurdo
São crianças como você
O que você vai ser
Quando você crescer?"


Voltando ao perdão aos pais, lembrem-se das palavras da Oprah Winfrey:


"Perdoar é abrir mão da esperança de que o passado poderia ter sido diferente.
Perdoar é seguir em frente!
Perdoar é libertar-se!"


Será que os filhos só vão entender isso quando forem pais?
Será?


Para compreender os pais é preciso ter filhos.
-Sofocleto -


Pena que muitos quando percebem isso e olham para trás, não tem mais seus pais para falarem para eles que os entendem, que os amam!
Já perderam seus velhinhos...
A escolha é nossa...
Eu já falei para meus filhos o quanto eu os amo!
Olhado nos olhos!
E já falei para meu pai e para minha mãe que os amo!
O quanto os amo!
Olhando nos olhos!
E mais, disse ainda:
- Obrigado! Obrigado por tudo que fizeram por mim!
Por tudo que me deram! Por tudo que me ensinaram! Por tudo que sou hoje!
Por me ensinarem a amar música, por exemplo!
E os abracei ternamente!
E secretamente em meu coração pensava: " - e os perdoo também!"
Realmente, foi libertador!
Só desejo que meus filhos e as pessoas que amo, as pessoas que estão lendo esta crônica tenham tempo de falar e sentir isso pelos seus pais!
Pois do contrário, é muito triste!
Pois mesmo não sendo bons o suficiente...
... são os nossos Pais!
Que o amor universal dessa relação se fortaleça sempre através de uma comunicação franca, com respeito, sem críticas ou julgamento!
Com perdão!
Com compreensão!
Com compaixão!
Com respeito!
Com gratidão!
Com liberdade de ser e se expressar!
Pois sem dúvida é um dos relacionamentos mais lindos: o de pais e filhos!
É a continuação de uma ancestralidade evolutiva!
E a continuação da humanidade!
É o berço e o laboratório para crescermos, amadurecermos e evoluirmos!
E há quem entenda (eu acredito nisso) que não nascemos aleatoriamente numa família, e sim, escolhemos onde nascer, escolhemos nossa família!
Claro, essa questão é complexa, depende de crença!
Não conseguimos ainda comprovar cientificamente esse fato!
Mas fato é que essa relação é muito significativa!
E hoje temos até modelos de terapia e entendimento como a "Constelação Familiar" para lidarmos com essas questões!
Vale a pena!
Tente, se achar necessário!
Mas não deixe isso
Que possamos tornar essa relação harmônica, livre e leve!
Com muito amor!
A cura do planeta está em nós!
E "curar" essas questões familiares é fundamental!


Mauricio "Veeresh Das" Franchi

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Aprendendo sobre Perdão (revisado)



Assisti um programa há um tempo atrás na televisão que mexeu tanto comigo que, me marcou tanto que decidi escrever algo, pois fiquei impressionado sobre o tema.
Na realidade não foi bem sobre o tema central da entrevista.
Essa é a mágica da vida e do aprendizado quando nos dispomos a aprender!
A estarmos abertos a aprender!
O tema era relevante, diria até chocante!
Mas o ensinamento não veio do cerne da questão toda!
No final a apresentadora lançou uma frase de sabedoria que me impactou enormemente.
Foi como se um bate estaca batesse violentamente na minha cabeça sem dó!
Aquela frase teve um impacto tão grande!
E de uma forma tão saudável, simpática!
Eu quis vir aqui divulgar esse conhecimento que adquiri.
Afinal de contas, acredito e defendo que o conhecimento seja algo que devemos divulgar, compartilhar para o bem geral e não individual.
A frase em questão versava sobre perdão obviamente, afinal está no título do meu "post", mas não é tão simples assim.


Quero posicionar a vocês um pouco mais no contexto da coisa, e de como eu me senti.
O programa era da famosíssima ultra-mega-poderosa-power (e mais um monte de adjetivos que os americanos dão a ela!) Oprah Winfrey.
Ela entrevistava duas irmãs gêmeas que corajosas foram ao programa da Oprah falar sobre anos que sofreram de abusos sexuais por parte de seu pai (vejam, do pai delas, não de padrasto!) e de dois irmãos mais velhos, diariamente durante cinco anos, e com a conivência total da mãe.
Um assunto altamente revoltante no mínimo!
Vejam que o assunto de estupro é tão sujo, reprovável, nojento, inexplicável, hediondo que aqui nas prisões brasileiras por exemplo se um estuprador é condenado, ele tem que ser separado dos demais, senão é morto pelos próprios companheiros de cela. Até criminosos não aceitam estupradores.
Volta e meia quando tem rebelião, eles aproveitam e matam, cortam a cabeça, empalam estes estupradores.
As moças em questão no programa pareciam ter cerca de 18 anos e foram violentadas pelo pai e pelos dois irmãos mais velhos desde que elas tinam 8 anos até aproximadamente 14 anos, quando acabaram por contar para uma vizinha que chamou a polícia e fizeram o flagrante.
O pai dela e os irmãos foram condenados e estavam presos.
A mãe, que era conivente, ficou presa somente por 10 dias.
E a entrevista foi toda dramática como não podia deixar de ser, emotiva.
As moças a gente percebia que tinham nelas marcas emocionais, traumas que teriam que ser tratados com muita terapia.
Vejam bem, sofrer violência é complicado!
Sofrer violência sexual, mais ainda!
E sofrer violência sexual, dentro de sua casa, com consentimento de sua mãe! 
Imaginem! Ou tentem!
Imaginem a cabeça dessas moças.
E acreditem, elas se sentiam de uma certa forma culpadas por desagregarem a família, ao denunciarem a situação. Confusas com a situação!
Afinal ali estavam a figura do seu pai e sua mãe!
Que todo domingo os levavam à igreja!
Imagina a cabeça delas!
Você que está lendo aqui deve estar pensando a mesma coisa que eu: que doideira!
Que absurdo!
E elas de uma certa forma estavam em conflito!
Demoraram para denunciar os pais!
No programa dava pra perceber que elas não queriam mais saber do pai e da mãe e nem dos irmãos.
Que elas estava extremamente abaladas com tudo aquilo!
E vejam, deve ter passado aproximadamente cerca de 5 anos desde que parou a violência.
Aí entra a questão justamente do perdão.
Dá para perdoar?
Você perdoaria?
Perdoaria a mãe? os irmãos? O pai?
O perdão numa cultura religiosa é muito falado, mas dá para cobrar, exigir perdão no caso delas? Dá?


Como dizem, quem dá o tapa esquece, mas quem tomou o tapa, nunca esquece!
Tem gente que não perdoa uma coisa boba, simples, fútil...como exigir delas que perdoem um ato desses?
Complexo, não?
Para terem uma ideia do quão complexo, um dos irmãos quando preso e sob interrogatório disse que naquele Estado era permitido pela Lei. Ou seja, ele foi ludibriado pelo pai. foi levado a acreditar que aquilo era legal, normal!ele acreditava ser normal!
O outro irmão, um pouco mais novo, quando preso, respondeu: "como errado, se meu pai fazia?"
Não que isso tirasse a responsabilidade deles (afinal ambos irmãos foram condenados a penas menores, mas foram condenados...ambos vão sair da cadeia em condicional quando tiver aproximadamente 40 anos...o pai não vai sair...).
Aí eu pergunto em relação às religiões, ao humanismo em geral: como analisar o perdão?


Será que conseguimos perdoar?
Será que é normal perdoar?
Será que estamos preparados para perdoar?
O que fazer então?
Pesquisando livremente na internet sobre o tema perdão, achei no Wikipedia:
"O perdão é um processo mental ou espiritual de cessar o sentimento de ressentimento ou raiva contra outra pessoa ou contra si mesmo, decorrente de uma ofensa percebida, diferenças, erros ou fracassos, ou cessar a exigência de castigo ou restituição."
"O perdão pode ser considerado simplesmente em termos dos sentimentos da pessoa que perdoa, ou em termos do relacionamento entre o que perdoa e a pessoa perdoada. 
É normalmente concedido sem qualquer expectativa de compensação, e pode ocorrer sem que o perdoado tome conhecimento (por exemplo, uma pessoa pode perdoar outra pessoa que está morta ou que não se vê há muito tempo). Em outros casos, o perdão pode vir através da oferta de alguma forma de desculpa ou restituição, ou mesmo um justo pedido de perdão, dirigido ao ofendido, por acreditar que ele é capaz de perdoar."
"O perdão é o esquecimento completo e absoluto das ofensas, vem do coração, é sincero, generoso e não fere o amor próprio do ofensor. Não impõe condições humilhantes tampouco é motivado por orgulho ou ostentação. O verdadeiro perdão se reconhece pelos atos e não pelas palavras."
"Existem religiões que incluem disciplinas sobre a natureza do perdão, e muitas destas disciplinas fornecem uma base subjacente para as várias teorias modernas e práticas de perdão."
"Normalmente as doutrinas de cunho religioso trabalham o perdão sob duas óticas diferentes, que são:
Uma ênfase maior na necessidade das faltas dos seres humanos serem perdoadas por Deus;
Uma ênfase maior na necessidade dos seres humanos praticarem o perdão entre si, como pré-requisito para o aprimoramento espiritual."


Pois é, vejam que sob a ótica filosófica, psicológica, religiosa doutrinária ou não, ou se preferir, espiritualmente falando, perdão é um assunto, uma questão por demais complexa, contraditória, controversa...difícil mesmo!
Principalmente para quem sofreu a violência, o tapa na cara,a injustiça, o furto, o roubo.
E tem tem mais uma dificuldade: nos perdoarmos!
Aí fica difícil!
Será que conseguimos nos perdoar?
É aí que entra de novo a maravilhosa Oprah, com uma frase que disse àquelas duas moças conflitadas, sobre o perdão, com o intuito de ajudá-las a "seguir em frente", que mexeu comigo (mais que o tema em si da violência) e me fez vir aqui escrever, pois esse conceito de perdão que foi bárbaro para dizer o mínimo:
" Perdoar, não significa que aceitaremos uma pessoa de volta!
Perdoar, não significa que aceitamos, que concordamos com o que ela nos fez!
Perdoar, não significa exatamente que iremos conviver novamente com quem nos fez algo anteriormente!
Perdoar é abrir mão da esperança de que o passado poderia ter sido diferente.
Perdoar é seguir em frente!
Perdoar é libertar-se!"


Não sei onde a Oprah ouvi isso, que Mestre disse isso, mas quem disse isso é um Sábio!

Trouxe um significado expressivo para mim sobre perdão!
Não paro de pensar nisso!
De refletir sobre isso!
Me fez um bem enorme!
Espero que te dê um novo direcionamento, assim como a mim deu!
Pois me senti livre...
Que o perdão, assim como a gratidão seja uma prática em nossas vidas!
Não da boca para fora, mas com atitudes!
Vamos tentar?
Finalizo com a oração do Hoponopono que pode nos ajudar nessa cura:
Sinto muito!
Me perdoe!
Te amo!
Sou grato!



Mauricio "Veeresh Das" Franchi

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Crônica da limpeza de gaveta ... revisado!






Hoje, esvaziei umas gavetas... no sentido real e psicológico também!

Sabe quando você abre uma gaveta antiga, que faz muito tempo que não abria?

E nessa gaveta você acha um monte, mas um montão de fotos antigas? De lembranças?

Aí você acha fotos de pessoas que ainda são importantes (parentes, amigos, etc) e dá até uma nostalgia gostosa, a gente revive emoções, fatos e acontecimentos.

Aí, você guarda com carinho essas fotos, pensa em escanear e mandar para as pessoas envolvidas.

Mas também tem o outro lado da moeda.

Encontrei umas fotos ( e olha que era um acervo grande)  que ninguém mais têm. Sim, achei um material que NINGUÉM mais tem.

Aí olhei para as fotos e me senti triste!

Não porque não estava mais envolvido com aquelas pessoas, definitivamente não!


Como eram fotos que marcavam a trajetória de pessoas, deveria me trazer felicidade, alegria, prazer!

O que eu vivi com elas foi legal e não me arrependo, mas quase que 99% das pessoas ali nas fotos não tenho mais contato.

E não é só a questão do contato (porque isso é normal, cada um tocar a vida para um determinado lado, correr atrás dos seus sonhos e objetivos), não é isso não!

É perceber que aquelas pessoas te usavam, abusavam de você!

E diziam até que eram seus amigos!

Mas em determinado momento, não tinham escrúpulos nenhum em te passar uma bela rasteira, te passar para trás, te jogar no buraco....qualquer coisa que o valha, para que a pessoa se desse bem!

Ou seja, no frigir dos ovos, cada um cuida de si!

Demorei para perceber isso!

Essa é a parte triste que via nas fotos!

Claro que vi coisas alegres nas fotos!

Mas percebi que as coisas alegres e importantes ficam mesmo é no coração!

Vi que não precisava daquelas fotos! Não mais!



Uma voz pequena dentro de mim questionou-me se eu deveria então enviar estas importantes e únicas fotos às pessoas envolvidas, ou pelo menos escanear as fotos e postar num facebook da vida que elas copiariam em segredo (pois elas estão por aí na internet).

Meu coração avaliou essa proposta, pesou direitinho e julgou que as pessoas envolvidas não mereciam esse carinho, esse respeito, essa nobreza da minha parte!

Então como num ritual de magia branca, descarrego ou coissa que o valha, fui rasgando, destruindo foto por foto...picando bem picadinho!

Com gosto!

Com tesão!

Com um prazer inominável!

Não desejando mal a ninguém daquelas fotos, de forma alguma!

Mas desejando, sentindo que daquela forma, estava me desconectando de vez do passado, soltando de vez essas pessoas da minha vida ( e eu me libertando delas!).

Como que fazendo uma mandinga, um vudu, para que nunca mais essas pessoas se aaproximassem de mim!

Claro que agradeço a Deus por tudo de bom e ruim que passou!

O que passou e foi bom, deu prazer e boas lembranças!

O que passou e foi ruim, deu dor, mas amadureci!

Que essas pessoas sejam felizes!

Mas longe de mim! (eu pensava a cada foto que rasgava!)

Era estranho!

Confesso que era estranho!

Eu realmente não estava sentindo raiva, ódio! Nenhum tipo de nervoso!

Só paz! Calma, serenidade!

Alegria!

Prazer!!!

Muito prazer! Quase que sexual!!!

Liberdade!!

É isso!!

Estava me libertando naquele ato!

Naquele ato simbólico de rasgar fotos, estava rasgando, acabando com uma parte do passado que me desagradava.

E minha alma ficou leve, serena!

Feliz!!!

Como estou feliz!

A gente deve sempre fazer essas faxinas na vida da gente de vez em quando.

Na carteira, na gaveta, no armário, no guarda-roupa...NA VIDA!

Devemos ver o que serve e o que não serve mais e deixarmos ir embora!

Afinal de contas, só vamos abrir espaço na nossa vida para algo novo...

se deixarmos ir embora o que é velho e não nos serve e não funciona mais!

E é bom adotar esse tipo de atitude:

" Não trate como prioridade quem te trata como opção!"






Mauricio "Veeresh Das" Franchi